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Cheyenne Marie Mize – Wishing Well

Descobri a cantora Cheyenne Marie Mize passeando pelo Spotify. Bela voz, ótimas composições. A faixa “wishing Well” de seu EP “We Don’t Need” nem é nova, mas vale ser compartilhada pelo frescor de seu arranjo acústico, sem nenhum instrumento harmônico, apenas voz e percussão em uma levada latina. Confira:

Abaixo, a mesma faixa em uma versão ao vivo para a internet:

Zap Mama • Brrrlak + Mr. Brown + Ndje Mukanie

No começo Zap Mama era um quinteto vocal feminino, liderado pela belga (descendente de congoleses) Marie Daulne. Com o passar dos albuns, Marie tomou para si o nome do grupo. Se nos primeiros trabalhos o Zap Mama era bastante diverso nos estilos musicias, do soul à música indiana, do reggae à música africana, nos últimos albuns o repertório foi se concentrando no pop e no r’n’b. Eu não escondo: prefiro muito, mas muito mais os albuns iniciais, aonde o experimentalismo vocal e o repertório étnico predominavam. Mas fazer o quê, né? Então ouça, para deleite de seus ouvidos:

The Avett Brothers • The Ballad of Love and Hate / February Seven

The Avett Brothers são uma banda da Carolina do Norte composta por dois irmãos (Scott e Seth Avett no banjo e violão), Joe Kwon no cello e Bob Crawford no baixo acústico. Conheci fuçando na internet, e adorei os climas acústicos, as melodias de suas baladas folk. “February Seven”, a última aqui do post, tem um arranjo que vai crescendo à medida em que a música caminha. Já “The Ballad of Love and Hate”, essa aí de baixo, é lisinha, igual do principio ao fim. Pra você se focar só na letra (por isso que eu coloquei o lyric video). Dá o play:

Hudson Taylor • World Without You

Canções honestas são dificeis de serem encontradas. Esta é uma delas. No meio do caminho entre o folk e o country, lembrando vários momentos de Paul Simon, World Without You é uma bela canção de amor direta vinda do grupo irlandês Hudson Taylor (formado pelos irmãos Alfie e Harry Hudson-Taylor).

Blubell • Música

Isabel Fontana Garcia, codinome artístico Blubell, acabou de lançar o clipe oficial de sua composição “Música”, faixa de seu segundo album “Eu Sou Do Tempo Em Que A Gente Se Telefonava” (YB, 2011). “Música” é um standard jazzístico bem anos 1920, um decalque perfeito do que se fazia naquela época. Essa é a especialidade de Blubell: sua carreira gira em torno do repertório e estilo de cantar das cantoras daquela época, com uma voz anasalada e uma interpretação afetada, meio engraçadinha. E isso entra como um leve pincelada de ironia, de auto gozação e escracho, mas que não afetam seu talento – pelo contrário, são o veículo para seu brilho.

Aqui, “Música” na versão do Música de Bolso:

Gonzalo Rubalcaba • Besame Mucho

Gonzalo Rubalcaba é um dos maiores virtuoses do piano na atualidade. A ponto de Herbie Hancock fazer piada dizendo que gostaria de quebrar seus dedos. Apesar de calcada em um repertório e aranjos de música cubana, sua carreira aproxima-se mais do jazz, por conta da liberdade de improvisação e da linguagem técnica que ele imprime às suas teclas.

“Besame Mucho”, bolero clássico do repertório latino, foi escrita em 1940 pela pianista mexicana Consuelo Velázquez. Na primeira vez que ouvi Rubalcaba interpretá-la, como uma balada jazzistica em um show ainda nos anos 90, ficou claro o que ele queria dizer com sua interpretação: a canção é um standard do repertório mundial, assim como qualquer composição dos irmãos Gershwin, de Cole Porter ou de Tom Jobim. “Besame Mucho” foi incorporada ao repertório de Rubalcaba e é portanto uma declaração da universalidade dessa canção. Ouça então a sutileza com que ele a interpreta e me diga se estou errado: