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Sufjan Stevens – Carrie & Lowell (album)

Sufjan Stevens é um dos artistas que mais admiro no cenário folk/indie que brotou nos EUA nos últimos dez anos – embora sua carreira não se limite ao folk, passeando pelos caminhos da eletrônica e de arranjos orquestrais como em seu “The Age of Adz” (2010). Dono de uma voz cristalina e compositor de mão cheia, Sufjan lançou agora seu sétimo album de estúdio, “Carrie & Lowell”, repleto de referências à sua infância e à sua mãe. São onze canções de instrumentação esparsa (a base dos arranjos são sua voz e seu violão) com uma atmosfera intimista e emocional, mas sem ser derramada.

Abaixo, na ambient music “Fourth of July” os synths criam uma atmosfera onírica, sublinhada pela interpretação carregada de ar e pelos vocais dobrados de Sufjan:

E também “Carrie & Lowell”, com um belo arranjo de violões, e que vai crescendo em elementos eletrônicos muito, muito sutis à medida em que a música avança:

George Ezra – Budapest + Blame It On Me + Barcelona (updated)

George Ezra é um cara jovem, mas quem ouve seu vozeirão grave de barítono interpretando canções simples e bem estruturadas não imagina que ele tenha apenas 22 anos. Nem que tenha acabado de lançar seu album de estréia, “Wanted On Voyage”, todo com sonoridades folk (como o violão sempre presente e uma mixagem que usa tipos de reverb comuns no rock’n’roll e rockabilly dos anos 60 e 70) e arranjos quase pop, quase rock.

“Budapest” é o carro chefe de seu disco, uma faixa que destaca muito bem sua voz grave. O violão da introdução remete ao blues e ao country, mas esses estilos não se impõem sobre a música, cuja instrumentação está muito mais para um pop-rock contemporâneo, com guitarras e um teclado sutil:

“Blame It On Me”, música agitada, é a que abre o album e que ilustra bem o equilibrio de elementos pop e folk que tingem o disco:

UPDATE: “Barcelona”, composição suave com roupagem elétrica que a deixa a meio caminho entre o rock e o folk, foi o último single a receber um clipe:

Ben Sollee – Letting Go

Ben Sollee é violoncelista e cantor nascido no Kentucky.

Bela canção, “Letting Go”. Somente voz e cello, vazia. Bonito assim.

Royals – Bruce Springsteen em versão folk de Lorde

Bruce Springsteen em versão folk de “Royals”, da neo zelandesa Lorde, durante seu show em sua terra natal. Uma canção simples e forte na voz de um intérprete vigoroso só podia dar nessa pérola:

O original de Lorde:

Dumb Ways To Die, Grand Prix em Cannes 2013

A ótima e irônica canção folk da campanha “Dumb Ways To Die“, junto com a animação inspirada na série Happy Tree Friends, deram os Grand Prix de Radio, Direct e PR em Cannes 2013 para esta bem humorada campanha. O cliente, a companhia de trens e metrô de Melbourne, Australia, precisava de um jeito inteligente para diminuir o número de mortes em seus trilhos, causadas muitas vezes por jovens distraidos. A McCann, sua agência, bolou então a estratégia de lançar primeiramente a música no iTunes, depois nas rádios e canais de conteúdo da internet, para só depois desvendar que se tratava de uma campanha corporativa para a segurança nas estações de metrô da cidade. Essa idéia, junto com o refrão chiclete-no-ouvido, funcionaram muito bem.

A canção foi composta por Ollie McGill, da banda australiana The Cat Empire, e interpretada por Emily Lubitz, da também australiana Tinpan Orange. Lançada no iTunes pelo pseudônimo artistítico “Tangerine Kitty”, após 24 horas ela estava no top 10 da parada iTunes. Confira:

The Avett Brothers • The Ballad of Love and Hate / February Seven

The Avett Brothers são uma banda da Carolina do Norte composta por dois irmãos (Scott e Seth Avett no banjo e violão), Joe Kwon no cello e Bob Crawford no baixo acústico. Conheci fuçando na internet, e adorei os climas acústicos, as melodias de suas baladas folk. “February Seven”, a última aqui do post, tem um arranjo que vai crescendo à medida em que a música caminha. Já “The Ballad of Love and Hate”, essa aí de baixo, é lisinha, igual do principio ao fim. Pra você se focar só na letra (por isso que eu coloquei o lyric video). Dá o play: