O californiano Kevin Olusola é um talento. Canta, faz beatbox, toca cello, sabe usar as redes sociais para mostrar seu trabalho… Faz parte do quinteto vocal Pentatonix e tem uma carreira solo em paralelo. E de vez em quando brinca de gravar versões como esta aqui, do hit “Sugar” (dos também californianos do Maroon 5).
Rico Dalasam, ou Jefferson Ricardo da Silva, de Taboão da Serra para o Brasil. Pó escrevê. Claro, o fato de ser um rapper gay chama muito a atenção – isso o diferencia no meio de tanta testosterona do cicuito hip hop, e ainda por cima está na onda de tantas discussões contemporâneas de gênero e sexualidade. Mas ele manda bem, brou. A produção musical de Filiph Neo, de timbres sofisticados para os padrões desse estilo, ajuda muito. Se liga na atitude:
Lançada 26 de janeiro, “Black Sun” antecede o lançamento de Kintsugi, oitavo trabalho da banda indie americana Death Cab For Cutie. O clipe chegou agora, enquanto que o album está previsto para sair 31 de março.
Uma introdução climática conduzida pela guitarra traz uma canção simples e emotiva. É legal notar que o refrão é tocado como um anticlimax, com a bateria e guitarra parando de tocar (o que permanece soando é um bumbo marcando o tempo e uma linha de sinth – na segunda apresentação do refrão uma guitarra retorna dedilhando): “How could something so fair/ Be so cruel/ When this black sun revolved/ Around you”. Curta:
Que bom que existe gente como Mark Ronson, um cara que entende e ama a black music dos anos 60 aos 80. O cara que produziu Amy Winehouse em “Back To Black”, escoltado pela galera vintage Dap-Kings, banda de apoio de Sharon Jones. Ronson acaba de lançar seu quarto album solo, “Uptown Special”. Que tem como carro chefe o single “Uptown Funk”, balanço oitentista respeitoso à tradição de James Brown e Prince, com suas guitarras sequinhas tricotando precisas. “Uptown Funk” é interpretada por Bruno Mars, que certamente se sente em casa nesse ambiente black. Ouça com atenção o riff dos metais e me diga se não é igual ao de Tim Maia em “Descobridor dos Sete Mares” (só que melhor calibrado do que a Banda Vitória Régia). Pra você, um hit de quebrar a bacia:
Como é que eu nunca havia postado nada do Balkan Beat Box por aqui??
Israelenses, misturando música eletrônica dançante pesada com sonoridades da música balcânica e do oriente médio. Ouço há anos mas nunca havia postado sobre eles. Tome logo três faixas dos caras:
A primeira coisa que me chama a atenção em “Pas Besoin de Permis” é a voz de Vanessa Paradis: rouca, áspera, anasalada, estragada. “Como assim estragada?!” Vozes estragadas são lindas. Das coisas mais sublimes de se ouvir. Pense em Tom Waits, Elza Soares, Macy Gray: seus timbres não são limpos, mesmo que tenham todo o treino e técnica do mundo. E é assim que tem de ser, assim que é bom.
A segunda coisa que me chama a atenção é o arranjo: uma cumbia, com aquela guitarra característica, o trombone tecendo comentários irônicos, a batida hipnótica… Uma cumbia cantada em francês e com um sotaque mais internacional. A composição é de Benjamin Biolay, cantor que está aí desde 2001 quando lançou seu primeiro album Rose Kennedy. Além de dar sua criação para Paradis cantar, Biolay traz sua voz grave para melhor forrar o refrão dessa pequena pérola parisiense:
Ainda sobre a cantora e atriz francesa, é legal ver a diferença entre seu jeito de cantar atualmente e aquela que a tornou mundialmente conhecida em 1988, “Joe Le Taxi“, quando tinha apenas 14 anos.
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