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We Were Evergreen – Baby Blue / Daughters / Best Thing

Sim, isso é antigo – na velocidade da internet, quase medieval. Mas e daí? Descobri agora e acho que tem uma graça, leveza e humor que vale a pena compartilhar. We Were Evergreen é um trio parisiense indie, cantando em inglês e misturando eletrônica com ukulele, pianos elétricos e caixinhas de música. Uma sonoridade que já não soa nova, mas funciona bem. E as melodias são boas, assobiáveis, bem pop.

“Baby Blue”:

“Best Thing”:

“Daughters”, com uma levada meio axé music (!!!):

Vanessa Paradis e Benjamin Biolay – Pas Besoin de Permis

A primeira coisa que me chama a atenção em “Pas Besoin de Permis” é a voz de Vanessa Paradis: rouca, áspera, anasalada, estragada. “Como assim estragada?!” Vozes estragadas são lindas. Das coisas mais sublimes de se ouvir. Pense em Tom Waits, Elza Soares, Macy Gray: seus timbres não são limpos, mesmo que tenham todo o treino e técnica do mundo. E é assim que tem de ser, assim que é bom.

A segunda coisa que me chama a atenção é o arranjo: uma cumbia, com aquela guitarra característica, o trombone tecendo comentários irônicos, a batida hipnótica… Uma cumbia cantada em francês e com um sotaque mais internacional. A composição é de Benjamin Biolay, cantor que está aí desde 2001 quando lançou seu primeiro album Rose Kennedy. Além de dar sua criação para Paradis cantar, Biolay traz sua voz grave para melhor forrar o refrão dessa pequena pérola parisiense:

Ainda sobre a cantora e atriz francesa, é legal ver a diferença entre seu jeito de cantar atualmente e aquela que a tornou mundialmente conhecida em 1988, “Joe Le Taxi“, quando tinha apenas 14 anos.

Nouvelle Vague em comercial da Lycra

LYCRA MOVES YOU é o nome da campanha mundial da Lycra, criada pela SapientNitro e que começou a ser veiculada primeiramente pelo Brasil. A direção é de Philippe Andre pela Independent Films, e a trilha sonora é a canção “Dance With Me” da banda/projeto francesa Nouvelle Vague, gravada em seu segundo album “Bande à Part” de 2006. E que por sua vez é uma versão da canção original da banda inglesa The Lords Of The New Church (assista ao video, de 1983, no final do post). Confira o comercial e logo abaixo a música original (que foi regravada para que a letra fosse “let’s MOVE little stranger”):

Nouvelle Vague:

The Lords Of The New Church:

Justice • New Lands

A dupla francesa do Justice lançou ontem o clip de New Lands, faixa de seu último album “Audio Video Disco”, de 2011 (é, demorou). Superprodução com assinatura da Partizan e pós produção da Glassworks, o video mostra um violento jogo futurista, mistura de futebol americano, baseball e patins, diretamente inspirado em “Rollerball” (filme de 1975). Por falar em referências, o protagonista de tapa olho é cópia de Snake Plissken,  personagem de Kurt Russell em “Fuga de Nova York” (1981). E a música, aquela mistura peculiar de hard rock com eletrônica do duo (a linha de guitarra lembra For Those About To Rock do AC/DC). Dê o play:

E abaixo, remix de New Lands lançado há um mês pelo DJ canadense A-Trak:

 

Charlotte Gainsbourg – Paradisco / Master’s Hands

A atriz e cantora Charlotte Gainsbourg tem um affair musical com Beck. Trabalharam juntos em “IRM” (2009) e depois em “Stage Whisper”(2011). Beck também subiu ao palco com Jane Birkin, mãe de Charlotte (o pai? Serge Gainsbourg). Charlotte não é dona de uma voz potente; ao contrário, seu estilo é suave e sua emissão, carregada de ar – um jeito de cantar muito comum no pop. Beck é chegado a experimentações nas fronteiras da eletrônica com o rock. O resultado é o que você ouve abaixo, uma faixa de cada um desses dois últimos discos de Charlotte:

Master’s Hands é a faixa que abre “IRM”, e uma de minhas preferidas do album:

http://www.youtube.com/watch?v=Flu9hoJhO-A

Sporto Kantès • Whistle

Descobri essa música por causa de uma campanha do Renault Twingo. Chama-se Whistle, do Sporto Kantès, dois franceses que fazem uma mistura muito particular de canções simples e música de sampler. O clip cheio de animações tem direção de nObrain, mas o que gruda mesmo é a simplicidade da melodia e o humor do assobio. Detalhe: com cavaquinho chupado do maxixe e triangulo de baião.

 

E a campanha: