Acabei de descobrir o Rubel, esse fluminense de voz suave, canções singelas e dois albuns lançados. E fiquei com esse “Partilhar”na cabeça. Uma balada de amor simples e direta, com uma melodia agradável que deseja convencer uma amada imaginária a seguir a vida juntos. Adicionei às playlists, fácil.
St. Vincent • Los Ageless / New York
Acompanho há anos a carreira da americana Annie Clark, aliás St. Vincent, uma das figuras mais criativas da música internacional atual: seu som é pop mas experimental, suas melodias grudam no ouvido, suas letras são ácidas, sua voz é potente sem cair pro padrão “diva”. Já dividiu um álbum com David Byrne (“Love This Giant”, 2012) e agora acaba de lançar seu 5º álbum de estúdio, “Masseduction”. Os primeiros singles já ganharam clipes super estetizados e com cores vibrantes: o tecnopop oitentista Los Ageless e a emocional New York. Confira:
Natura K • Beira Mar (cover de Zé Ramalho)
Para lançar o perfume masculino “K” da Natura, o paraense Saulo Duarte – da banda independente Saulo Duarte e a Unidade – regravou a canção “Beira Mar”, de Zé Ramalho. Originalmente um baião gravado em 1979, aqui ela ganha roupagem de maracatu, com seus tambores pesados e sincopados, e guitarras que remetem ao Mangue Beat dos anos 90. A nova versão foi parar no comercial que o diretor Manuel Nogueira filmou pela Conspiração Filmes, com criação da DPZ&T:
Aqui, o making of da nova versão:
E aqui, a gravação original de Zé Ramalho:
Mahmundi • Leve
Mahmundi é o codinome de Marcela Vale, cantora carioca da nova geração, com um repertório de canções de amor aconchegantes. Essa “Leve” me chamou a atenção pela melodia pop doce e pela construção do arranjo, montado sobre camadas de guitarra gravadas ao vivo em um loop machine (um pedal que grava um trecho e o repete em ciclos sempre iguais). Entre no clima:
Lucas Santtana • Modo Avião
Gosto muito do Lucas Santtana, baiano adotado pelo Rio de Janeiro. Tremendo cancionista, músico à vontade tanto com as tradições da música brasileira quanto com a eletrônica da música contemporânea. Tá lançando disco novo, “Modo Avião”, pelo selo Natura Musical. A faixa titulo, essa aí embaixo, é conduzida por um quarteto de cordas (arranjo de Marcelo Cabral) com lambidas de synths antigos, timbres eletrônicos dos anos 80. A quimica tá perfeita, econômica pros dois lados. Faixa sutil e delicada.
Luiza Lian • Tucum + Oyá
Conheci a paulista Luiza Lian através desse seu segundo album, Oyá Tempo, com oito faixas que trabalham experimentalmente as diversas linguagens da música pop atual, em arranjos nunca óbvios. Por exemplo, o batidão de funk de “Oyá” nunca explode: ele se contém e não segue o caminho esperado de cair na pista. O mesmo acontece com a eletrônica “Tucum”, de melodia forte com seus saltos de oitavas pouco comuns no canto popular, e que me remete a um naipe de metais (mas essa é uma referência pessoal). Luiza Lian é um nome que, pra mim, fica no radar das boas novas artistas da música independente nacional.
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