Bob Dylan sofisticado interpretando uma balada jazz, “The Night We Called It A Day,” de seu album “Shadows In The Night” (composto inteiramente por versões do repertório de Frank Sinatra). O clipe dirigido por Nash Edgerton, dentro da tradição do cinema noir, é surpreendente.
Aqui, uma das versões de Sinatra (ele gravou-a três vezes, em 1942, 1947 e 1957):
“Lucky Guy” é um tipo de composição pouco comum nos dias atuais. Não por sua suavidade: isso a cena indie-folk nos dá e muito bem. Mas por sua estrutura jazzistica-bossa novista, na melodia e nas modulações. E no arranjo de cordas, lírico e por vezes dissonante.
E quem é o bardo que se apresenta como um “cara de sorte” na canção? É Sondre Lorche, cantor, compositor e instrumentista norueguês. “Lucky Guy” faz parte de seu album “Please“, de 2014 (o clipe de “Lucky Guy” saiu agora).
Assisti a Birdman um dia antes do diretor Alejandro González Iñárritu sair da cerimônia do Oscar com as estatuetas de melhor filme, melhor diretor, melhor fotografia e melhor roteiro original. Merecido, muchisimo. E quem viu o filme deve ter notado a música que acompanha os longos planos sequência. Aqueles solos de bateria, livres como no jazz, e muitas vezes com uma pegada funky. São de Antonio Sanchez, baterista mexicano que já acompanhou o guitarrista Pat Metheny mas nunca havia composto nada para o cinema. E olha a coincidência, quando adolescente Antonio escutava na rádio o mesmo Alejandro Iñárritu atuando como DJ (He played the hippest music in Mexico, daqui).
Música ousada para um longa metragem, traduzindo a tensão e ansiedade do personagem de Michael Keaton sem o uso de melodias. Merecia um Oscar, certo? Só que não: a Academia considerou-a inelegível para concorrer à categoria de melhor música original, alegando que boa parte do filme usa música erudita (Gustav Mahler e Tchaikovsky) e Crazy (Gnarls Barkley) em gravações que são anteriores à produção do filme. Poderiam portanto ter indicado Birdman à categoria de melhor trilha sonora, já que não concordaram com melhor música original (trilha sonora abarca gravações pré existentes e também a música criada especialmente para o filme).
Online, se encontram poucas sequências do filme com as investidas de Antonio nos couros; o que se acha é principalmente a trilha em separado ou os trailers oficiais. Então curta abaixo um pouco da música de Birdman (quem quiser assistir a uma performance sua ao vivo executando todo o score do filme, clique aqui):
Em setembro passado Lady Gaga e Tony Bennett lançaram “Cheek To Cheek“, um album inteiro feito de duetos de standards de jazz. Uma das canções gravadas foi “It Dont Mean A Thing (If It Aint Got That Swing)“, de Duke Ellington. E que está sendo usada na campanha de natal da varejista H&M (comercial com direção de Johan Renck). Confira:
Abaixo, filme de 1943 com a big band de Duke Ellington (ao piano) tocando sua canção:
“Rhapsody in Blue” foi composta por George Gershwin em 1924 e vem sendo usada pela United Airlines como tema musical desde os anos 80. Adoro as diversas melodias dessa suite, mas de tão repetida acabou virando aquela típica música que não interessa ter nas suas playlists ou coleção de CDs. Porém às vezes ela ressurge fresca e rejuvenescida, como nesse video de segurança a bordo, da agência McGarryBowen (no Brasil, ex-Age Isobar).
Além do humor do roteiro, a música ganhou diversos sotaques regionais à medida em que vai passeando por diversos paises, como Italia, Japão, Estados Unidos, França e Brasil (com bossa nova, claro). Assista e veja se aprende de uma vez por todas a colocar o colete salva vidas:
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