Nat King Cole interpretando “Straight Up and Fly Right”, de sua autoria junto com Irving Mills. Fino.
Blubell • Música
Isabel Fontana Garcia, codinome artístico Blubell, acabou de lançar o clipe oficial de sua composição “Música”, faixa de seu segundo album “Eu Sou Do Tempo Em Que A Gente Se Telefonava” (YB, 2011). “Música” é um standard jazzístico bem anos 1920, um decalque perfeito do que se fazia naquela época. Essa é a especialidade de Blubell: sua carreira gira em torno do repertório e estilo de cantar das cantoras daquela época, com uma voz anasalada e uma interpretação afetada, meio engraçadinha. E isso entra como um leve pincelada de ironia, de auto gozação e escracho, mas que não afetam seu talento – pelo contrário, são o veículo para seu brilho.
Aqui, “Música” na versão do Música de Bolso:
Beck & Dr. Lonnie Smith • Sexx Laws
“Sexx Laws” é um soul acelerado de Beck, gravado em seu album “Midnite Vultures” (1999) – até hoje um de seus melhores trabalhos. O clipe é surreal e a música é ótima. Tanto que recebeu uma versão jazzy do organista Lonnie Smith, em seu disco “Boogaloo To Beck”, um album somente de versões das músicas de Beck.
Thiago Pethit • Pas de Deux
Dia 20/agosto o paulista Thiago Pethit lança seu segundo disco, Estrela Decadente. produzido pelo carioca Kassin e com participação de Mallu Magalhães e Cida Moreira, o album foi inteiro bancado por recursos próprios ou seja, é indie na essência, independente pra valer. E hoje Thiago lançou o clipe de Pas de Deux, canção que integra o album. Dirigido por Vera Egito e Renata Chebel da ParanoidBR, o filme veste-se do clima de vaudeville da canção original, de cores jazzisticas. Nele, Thiago é dublado pela atriz Laura Neiva (do longa “À Deriva”, de Heitor Dhalia). Confira:
Outra colaboração do cantor com Vera e Renata foi o clipe de Nightwalker, em 2011, com a atriz Alice Braga:
Criolo + Mulatu Astatke
Ouça abaixo Criolo soltando a rima sobre a música de Mulatu Astatke, compositor, vibrafonista e pai do afrojazz etíope. Duas gerações, dois continentes e um groove raro – mesmo. Em Londres, durante o festival Back2Black (com curadoria de Gilberto Gil e que terá sua edição carioca entre 24 e 26 de agosto), ambos tocaram juntos e depois se uniram para uma jam de duas músicas na rádio BBC 6 – entrevista inclusa. Roda o tape:
Gonzalo Rubalcaba • Besame Mucho
Gonzalo Rubalcaba é um dos maiores virtuoses do piano na atualidade. A ponto de Herbie Hancock fazer piada dizendo que gostaria de quebrar seus dedos. Apesar de calcada em um repertório e aranjos de música cubana, sua carreira aproxima-se mais do jazz, por conta da liberdade de improvisação e da linguagem técnica que ele imprime às suas teclas.
“Besame Mucho”, bolero clássico do repertório latino, foi escrita em 1940 pela pianista mexicana Consuelo Velázquez. Na primeira vez que ouvi Rubalcaba interpretá-la, como uma balada jazzistica em um show ainda nos anos 90, ficou claro o que ele queria dizer com sua interpretação: a canção é um standard do repertório mundial, assim como qualquer composição dos irmãos Gershwin, de Cole Porter ou de Tom Jobim. “Besame Mucho” foi incorporada ao repertório de Rubalcaba e é portanto uma declaração da universalidade dessa canção. Ouça então a sutileza com que ele a interpreta e me diga se estou errado:
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