Matthew Bourne é um pianista britânico que passeia suavemente entre o jazz e a música erudita. Por exemplo, desconstruindo com elegância o standard Smile, de Charles Chaplin, em uma leitura com ecos das composições de Claude Debussy e das improvisações de Keith Jarret:
Regina Spektor – All The Rowboats
Um insistente piano arpejado, uma melodia possessiva na voz característica de Regina Spektor, um arranjo que cresce e respira à medida em que a canção evolui: foi ontem pra rede All The Rowboats, single de “All We Saw From The Cheap Seats”, novo album da cantora russa a ser lançado em maio. Confira:
Romulo Fróes – Astronauta
Astronauta, faixa do album “No Chão Sem O Chão” (2009) de Romulo Fróes, em dueto fluido na voz de Nina Becker e piano de André Mehmari. Contenha as lágrimas se for capaz:
Ryuichi Sakamoto – Bibo No Aozora (tema de Babel)
Quando assisti Babel, do mexicano Alejandro González Iñárritu, fiquei com duas impressões: primeiro, de que a complexa tecelagem de estórias do diretor fora erguida sobre uma pretensão excessiva, em um roteiro que não me convencia das causas e efeitos se sucedendo ao longo da trama. A segunda impressão foi oposta, e puramente emocional a música. Até hoje ela me faz lembrar de várias sequências. Não é à toa que Babel ganhou o Oscar de melhor trilha sonora em 2007 (parte composta e parte compilada pelo argentino Gustavo Santaolalla).
A música de encerramento, Bibo No Aozora (de Ryuichi Sakamoto, com Jacques Morelenbaum e Everton Nelson, cello e violino) dá vontade de chorar e isso tem a ver com a triste cena na qual ela se inscreve, infelizmente indisponivel na web por questões de direitos. Ouça duas versões da mesma música, a primeira como aparece no filme, minimalista e dramática, e a segunda somente com Ryuichi ao piano:
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