CAT:17 Posts tagged "MPB"

Felipe Cordeiro • Legal e Ilegal / Fim de Festa

Foi lançado agora o clipe de Legal e Ilegal, faixa do CD “Kitsch Pop Cult” do paraense Felipe Cordeiro, produzido por André Abujamra e lançado em março. Felipe vem sendo apontado como uma das grandes promessas da música do Pará, capaz de unir a música do estado – o carimbó, a lambada, o tecnobrega, a guitarrada – dentro de um formato mais, digamos assim, universal. Leia-se: pop, nacional e palatável a diversos públicos, não apenas ao pessoal que frequenta as festas de aparelhagem em Belém. A própria movimentação musical da cena paraense, que ganhou notoriedade graças ao esforço dos musicos locais e de cariocas e paulistas fascinados por essa riqueza (Kassin, Céu, Lucas Santtana entre outros), vem sendo comparada ao momento que o mague beat viveu há 20 anos atrás. Independente de qualquer avaliação, curta Legal e Ilegalcumbia colombiana misturada com guitarrada:

E Fim de Festa, outro exemplo de guitarrada com uma base que pega carona na programação eletrônica do tecnobrega:

Tiê • Você Não Vale Nada

A cantora paulista Tiê lançou em março seu segundo trabalho, “A Coruja e o Coração”. Do disco, sai agora o clipe de Você Não Vale Nada. Isso mesmo, aquele forró do grupo Calcinha Preta. Só que aqui a cantora inventou uma outra estória: o brega virou flamenco espanhol, gêneros irmãos na dramaticidade – fingida ou não. No clipe, quem atua junto com Tiê é o estilista Dudu Bertholini, da grife Neon. Roda e avisa:

 

Mallu Magalhães • Sambinha Bom

Mallu Magalhães cantando samba, mesmo com surdo e caixa de fósforo, soa bossa nova. A prova está aí embaixo, no clip de Sambinha Bom, lançado ontem (o album, “Pitanga“, é do ano passado). Não é só sua emissão vocal que cai para a bossa, a melodia de piano aos 1:30 também está no registro doce de Copacabana, mais do que no suingue do morro. A produção do clip é da Zeppelin Filmes e direção do coletivo The Wolfpack! (Rodrigo Pesavento, Zico Farina e Helen Rödel entre outros). Roda o VT:

Grupo Corpo: trilhas sonoras

Tenho uma admiração e um prazer enormes com o trabalho do Grupo Corpo, e isso desde que assisti a “Nazareth” pela primeira vez nos anos 90. Não apenas a criação coreográfica de Rodrigo Pederneiras é única, mas também a escolha dos músicos que criam as trilhas sonoras é sempre bem cuidada e precisa. Já que nem sempre se tem a oportunidade de assistir ao trabalho do Corpo ao vivo, ficam aqui alguns exemplos das parcerias construidas com brilhantes músicos:

“21” (1992), música de Marco Antonio Guimarães/Grupo Uakti:

“Onqotô” (2005), música de Caetano Veloso/José Miguel Wisnik:

“Parabelo” (1997), música de Tom Zé/José Miguel Wisnik:

“Benguelê” (1998), música de João Bosco:

Silva • A Visita

O capixaba Lucio Silva Souza, ou simplesmente Silva, vem sendo incensado por seu talento em vários blogs musicais brasileiros desde que lançou seu EP (homônimo) em 2011. Violinista, cantor e compositor que se apresentou no festival Sónar SP em maio deste ano, lança agora seu primeiro clip, dirigido por Zico Farina e Fernanda Fernandes, para a faixa A Visita. Cantor de voz suave, o que chama a atenção é sua mão para criar um repertório ao mesmo tempo brasileiro nas composições e aberto ao mundo nas referências experimentais contemporâneas. Por exemplo, em A Visita é dificil não ler no arranjo ecos do Beirut de Zach Condon – enquanto que a melodia/harmonia da segunda parte é totalmente velha guarda brasileira. Ou nos timbres eletrônicos, metalofones e coros de 12 de Maio, como não perceber o quanto Silva está à vontade com o universo indie – mantendo, novamente, a brasilidade na melodia. Então:

Update: a agência de publicidade Peralta utilizou esse tema de Silva em um filme para a linha Sou da Natura. Confira:

Barbatuques • Sambalelê

Os Barbatuques estão de CD novo na praça. E fazendo música dos pés à cabeça desta vez para a criançada se divertir. “Tum Pá“, o novo CD, tem um repertório de músicas novas e tradicionais do cancioneiro brasileiro e brincadeiras que passeiam pelo universo infantil, naquela gênese do grupo: a percussão corporal, sem outros instrumentos acompanhantes, formando uma “orquestra do corpo”. Somente palmas, estalos, sons vocais e quetais, fazendo tum e fazendo pá. E pará-pá-pá: