Muito melhor do que o clipe original de Justin Bieber para seu hit “Sorry”, é esta versão em video que os Triplet Ghetto Kids de Uganda fizeram, e que está bombando nas redes sociais.
Não me entendam mal: adoro esse reggaeton estilizado que é “Sorry”. Acho um dos melhores hits do ano. Mas o clipe de Bieber é chato pra burro. Agora, essas crianças…
Soul etíope made in Australia. Australia? Si.
Então soul da Etiopia é, vamos dizer assim, internacional? Si.
Gracias Mama Africa por tus regalos.
E sobre essa faixa, “Eshururu”: está presente em na compilação “Have You Ever Been To Electric Afroland?” do selo Paris DJs. Que tem sua própria página no Soundcloud e no Spotify.
Aproveitando a Copa do Mundo, a VISA, através da AKQA, lançou há dois dias a campanha mundial “Samba do…”: são 32 filmes, para cada um dos 32 paises que disputam o torneio, cada qual contando “como é o samba” deles. E para cada filme, uma versão diferente e com cores locais da música “Maria Caipirinha” (Carlinhos Brown), que foi sucesso na Espanha em 2005 a partir do album Candyall Beat (em colaboração com o DJ Dero).
Se tem samba na Colombia? Si señor. Samba dos Camarões? Oui mon ami. Não é exatamente “samba”, mas é alegria. Confira abaixo algumas das versões musicais e da forma como cada país celebra o futebol (para ver todos os filmes clique aqui):
BRASIL
URUGUAI
MÉXICO
IRÃ
CAMARÕES
Uma das coisas que mais adoro na música africana são as vozes. Abertas, enormes, solares.
Como em “Market Place”, faixa do album No Problem Saloon da dupla OY, formada pela cantora Joy Frempong (de Gana) e pelo baterista e produtor Lleluja-Ha. A faixa é toda montada somente a partir das vozes de Joy e dos couros de Lleluja-Ha, o que lhe dá uma característica esparsa, cheia de espaços a serem preenchidos pela dupla.
Adoro espaços. Adoro os couros.
Seu nome pronuncia-se Asha, que quer dizer “falcão” em yoruba (seus pais são nigerianos). Asa nasceu em Paris e cresceu na Nigéria até os vinte e dois anos, quando então voltou à sua cidade natal. Já gravou dois discos, “Asa” de 2007 e “Beautiful Imperfection”, com repertório cantado em inglês e yoruba. É desse seu último disco as duas músicas abaixo.
“Ba Mi Dele” é uma belissima canção, conduzida pelo piano e adornada por um quarteto de cordas. Uma balada suave de melodia simples que floresce perfeitamente na voz de Asa.
“Bimpé” tem uma levada reggae no violão sobre um beat pop, reto, da bateria agressiva. Adoro os backing vocals no refrão e a produção precisa, que não pesa a mão.
Ouça abaixo Criolo soltando a rima sobre a música de Mulatu Astatke, compositor, vibrafonista e pai do afrojazz etíope. Duas gerações, dois continentes e um groove raro – mesmo. Em Londres, durante o festival Back2Black (com curadoria de Gilberto Gil e que terá sua edição carioca entre 24 e 26 de agosto), ambos tocaram juntos e depois se uniram para uma jam de duas músicas na rádio BBC 6 – entrevista inclusa. Roda o tape:
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