CAT:17 Monthly archive fevereiro 2017

The Roots no NBA All-Star Game

Ontem à noite assisti à abertura do All Star Game da NBA, uma partida-exibição com os melhores jogadores de basquete dos Estados Unidos, realizada em New Orleans. As equipes foram apresentadas pelo The Roots, grupo de hip hop e black music na ativa há 30 anos. E eles botaram a casa abaixo: saindo do rock’n’roll dos anos 50 até a música contemporânea, contaram – e tocaram – um pouco da história do basquete americano e falaram da carreira dos jogadores, com rimas afiadas (é melhor você saber inglês). Sete minutos inesquecíveis:

BaianaSystem com Apple: Eu Quero É Botar Meu Bloco Na Rua

Em 1972 Sérgio Sampaio inscreveu sua “Eu Quero É Botar Meu Bloco Na Rua” no IV Festival Internacional da Canção. A canção fez sucesso com sua letra metafórica contra a ditadura militar (quem ia para a rua, ora ora, era o bloco armado do exército, não a sociedade civil).

Agora, a Apple lançou um filme totalmente feito no iPhone7 Plus usando esse tema de Sérgio Sampaio, só que na versão contemporânea, laqueada no rap, eletrônica e pesada do BaianaSystem junto com a rapper de São Bernardo do Campo Yzalú. O clipe foi feito em stop motion pela produtora VetorZero, tendo o carnaval de Olinda como inspiração. Sensacional!

Aqui, a versão original de 1972:

Mungo Jerry – In The Summertime na publicidade

Não, eu nunca havia escutado “In The Summertime” até há bem pouco tempo atrás. Me julguem.
Esse mega hit da banda britânica Mungo Jerry, lançado em 1970, é alto astral até a última nuvem lá do céu. É divertido e relaxado, e muito disso graças à voz rouca e original do cantor Ray Dorset. Também graças ao fato de “In The Summertime” se alinhar com toda a tradição do blues e do stride piano jazzístico, sendo uma espécie de releitura não-purista desses gêneros. O banjo country da música também dá um toque de humor e leveza à faixa – que, aliás, foi praticamente o único sucesso do grupo. Então, se você como eu não conhecia essa pérola da passagem dos ’60 para os ’70, ouça aqui. E veja como tem sido seu uso na publicidade ao longo dos anos:

Para vender cruzeiros marítimos, um cover com algumas alterações na letra (2015):

Em 1992, a música lembrava do perigo de beber e dirigir:

E em 1973, sua letra adaptada vendia molho de tomate, em comercial da Ogilvy & Mather:

Nina Simone para Ford: I Wish I Knew How It Would Feel To Be Free

Nina Simone, cool como sempre, dando um fino toque de humor ao filme da Ford que acabou de estrear: é como sua música funciona. De onde vem o humor? Não de Nina, mas das situações mostradas no filme, de pessoas ridiculamente presas em situações cotidianas – e a chamada da montadora é que ela está desenvolvendo novas formas de libertar os donos de seus carros, com a ajuda de novas tecnologias.

Aqui, “I Wish I Knew How It Would Feel To Be Free”, interpretada ao vivo pela cantora e pianista simbolo dos movimentos feminista e dos direitos civis nos anos 60: