Referências / Inspiração

The Lions – The Magnificent Dance

“The Magnificent Seven” é uma das faixas do disco “Sandinista!” (1981), o quarto album da banda punk The Clash. E os californianos da banda de reggae The Lions gravaram uma versão dub para ela, em seu album “Soul Riot”. Acabou apelidada de “The Magnificent Dance”. O baixo lá, dando o groove. Bem bom. Roda:

Aqui, o original do Clash, também bom pra caramba:

E também em uma versão mais suja e acelerada, direto de um programa da TV inglesa:

Lianne La Havas – What You Don’t Do + Unstoppable

Conheci Lianne La Havas há pouco tempo, e já me apaixonei por seu timbre vocal e sua sensibilidade soul. Lianne nasceu em Londres, e me impressiona a quantidade de vozes inglesas ligadas na música negra norte americana, e que conseguem mergulhar fundo nessa tradição. Ela lançou há pouco seu segundo album de estúdio, “Blood”, do qual apresenta duas músicas (“What You Don’t Do” e “Unstoppable”) no video abaixo, que é o registro de uma apresentação acústica dentro da série Tiny Desk da NPR (National Public Radio). Só ela, um pianista e uma backing vocal, mandando muito, muito bem:

Abaixo, a versão original de sua “What You Don’t Do”, que me lembra muito uma canção de 1969 que adoro, “Hot Fun In The Summertime” de Sly & The Family Stone:

E “Unstoppable”, um groove black mid-tempo baseado em dois acordes e com um bumbo pesadão marcando o tempo:

Elza Soares – Firmeza?! + Maria da Vila Matilde

Beleza mano? Fica com Deus. Quando der a gente se tromba, firmeza?

Assim Elza Soares nos saúda nessa sessão registrada no Red Bull Station do centro de São Paulo, estúdio aonde foi gravado seu novo album, “A Mulher do Fim do Mundo”. Produzido pelo baterista Guilherme Kastrup, o trabalho reúne uma parte boa da nata da cena independente paulista atual, como Kiko Dinucci, Romulo Fróes, Rodrigo Campos, Marcelo Cabral (esses quatro, do grupo Passo Torto), Celso Sim e o naipe de metais do Bixiga 70. Forte, o esquema. Fortes também são os temas das canções escolhidas para o disco: drogas, transsexualidade, violência doméstica (como na faixa “Maria da Vila Matilde”). As guitarras fuzz de Kiko Dinucci e Rodrigo Campos aparecem sujando a cena, e os kits de bateria e percussão de latas de Guilherme Kastrup completam o panorama urbano no qual Elza está perfeitamente à vontade.

Então, firmeza. Olha só que beleza de afrobeat:

The Arcs – Outta My Mind + Stay In My Corner

Dan Auerbach, cantor e guitarrista dos The Black Keys, acaba de lançar seu projeto paralelo. Chama-se The Arcs e é um projeto colaborativo entre Dan e quatro outros músicos amigos. Seu album, “Yours, Dreamily,” foi gravado em duas semanas, e a cara do som é bem próxima dos Black Keys: rock básico com uma pegada antiga, anos 60/70. Som honesto com boas melodias. Have a try:

Girls Just Wanna Have Fun (Cindy Lauper) em versão cool para comercial da Mango

Para anunciar sua nova coleção outono/inverno, a marca de moda Mango colocou ontem no ar um comercial com as modelos Kate Moss e Cara Delevingne. Para ilustrar o filme PB, a trilha sonora é uma versão do hit “Girls Just Wanna Have Fun” (Cindy Lauper, 1983) feita pelo quarteto de pop eletrônico Chromatics. O novo registro da banda de Portland, Oregon, é mais frio que o ska pop original, mas cai como uma luva para o contexto da marca espanhola, tanto pela fim do verão quanto pelo mood distante que as modelos exalam.

Abaixo, o original de Cindy Lauper:

Deerhunter – Snakeskin

Agora ouça. Não precisa esforço. A guitarra fará o resto por você, que em instantes estará hipnotizado.

Com um single que remete ao pop rock dos anos 70 mas também ao rock cru dos 90 (de bandas como Jane’s Addiction em “Been Caught Stealing“), o quarteto americano Deerhunter lançou esta semana o single “Snakeskin”. O clipe antecede o próximo album da banda, “Fading Frontier”, que sai em outubro. E por enquanto dá pra ir curtindo essa que é uma faixa dançante com uma boa pegada funky e relaxada, na guitarra e na batida da bateria. O terço final da música é “viajandão”, cheio de efeitos, ecos e guitarras em reverse (tocadas ao contrário) sobre sua base requebrante. Enjoy and join: