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BaianaSystem com Apple: Eu Quero É Botar Meu Bloco Na Rua

Em 1972 Sérgio Sampaio inscreveu sua “Eu Quero É Botar Meu Bloco Na Rua” no IV Festival Internacional da Canção. A canção fez sucesso com sua letra metafórica contra a ditadura militar (quem ia para a rua, ora ora, era o bloco armado do exército, não a sociedade civil).

Agora, a Apple lançou um filme totalmente feito no iPhone7 Plus usando esse tema de Sérgio Sampaio, só que na versão contemporânea, laqueada no rap, eletrônica e pesada do BaianaSystem junto com a rapper de São Bernardo do Campo Yzalú. O clipe foi feito em stop motion pela produtora VetorZero, tendo o carnaval de Olinda como inspiração. Sensacional!

Aqui, a versão original de 1972:

Son Lux – Change Is Everything

Son Lux é um trio de Denver, Colorado, e que eu nunca havia ouvido falar até dar de cara com esse clipe bordado em um stop motion muito bem feito, que brinca com as ondas gráficas do som e com o rosto do cantor, Ryann Lott. A música é “Change Is Everything”, do album “Bones”. Um pop de melodia hipnótica climático e de batida pesada, arranjado com timbres precisos de synths e pincelado por uma drum machine dos anos 80 distorcida. Thumbs up.

Volkswagen Golf GTI em câmera lenta

Volkswagen Golf GTI, um carro rápido capaz de enxergar cenas inusitadas em apenas 3 segundos… em slow motion. Esse é o mote para a campanha da DDB Argentina, amparada pelo site www.miralocamaralenta.com. No divertido comercial, um rock eletrônico e bem marcado, de andamento médio, faz o contraponto perfeito para as imagens curiosas que vão surgindo no caminho do Golf. Confira:

Disclosure – Willing and Able

O duo inglês Disclosure (os irmãos Howard e Guy Lawrence) lançará seu próximo album “Caracal” dia 25 de setembro, cheio de participações especiais como a cantora neo-zelandesa Lorde, Lion Babe e o cantor Kwabs. Este último, por sinal, dá sua voz à faixa “Willing and Able”, um quase r’n’b de andamento médio e arranjo esparso, conduzido pela batida pelada e por um synth pulsando suave. A melodia e a interpretação de Kwabs são pegajosas e diretas. Confira o clipe abaixo, uma peça graficamente simples e tão minimal quanto a música:

Björk – Vulnicura (album)

A duende islandesa Björk lançou em janeiro seu nono disco de estúdio, Vulnicura, e foi soltando os clipes aos poucos (já que o lançamento teve que ser antecipado pelo vazamento na rede, e a criação dos mesmos ainda não estava terminada). Produzido a várias mãos pelo venezuelano Arca, pelo britânico The Haxan Cloak (nome artístico de Bobby Krlic) e pela própria Björk, Vulnicura equilibra eletrônica e arranjos orquestrais na mesma dose. Por exemplo, “Family” se inicia com um violino em um tenso spiccato (técnica em que o arco pula seco e rápido entre cada nota), para no minuto seguinte entrarmos em um clima etéreo de ambient music com camas de synths e cordas:

“Black Lake” se inicia com um quarteto de cordas em andamento lento sustentando a melancolia da canção. Beats eletrônicos quebrados vão entrando aos poucos, minimais, sem nunca tomar a música por completo. Tudo é muito esparso, cheio de espaços e respiros, e somente aos quatro minutos a música cresce de verdade e explode – para voltar ao repouso em seguida, como um movimento de marés:

“Lionsong” é uma das canções com melodia mais “assobiáveis” do album. O que não é pouco, em um trabalho experimental e denso como Vulnicura. Assobiável mas com sete minutos de duração. Definitivamente não estamos no território do pop, mas em suas fronteiras:

Junto com o album, The Haxan Cloak foi convidado pela cantora para remixar alguma das faixas, e escolheu “Mouth Mantra”:

The Chemical Brothers – Go

Em julho a dupla britânica The Chemical Brothers lançará novo album, após cinco anos sumidos dos estúdios: será “Born In The Echoes” (Virgin EMI) e já tem seu primeiro single, “Go”, que nasce em clipe pelas mãos do diretor Michel Gondry – não, você não verá traquitanas e cenários que se dobram uns sobre os outros. “Go” é quase minimalista, com uma batida ansiosa, baixo pulsante e repetitivo, linhas de synth surgindo no refrão e vocais de rap de Q-Tip. Vai: