Referências / Inspiração

Sufjan Stevens – Carrie & Lowell (album)

Sufjan Stevens é um dos artistas que mais admiro no cenário folk/indie que brotou nos EUA nos últimos dez anos – embora sua carreira não se limite ao folk, passeando pelos caminhos da eletrônica e de arranjos orquestrais como em seu “The Age of Adz” (2010). Dono de uma voz cristalina e compositor de mão cheia, Sufjan lançou agora seu sétimo album de estúdio, “Carrie & Lowell”, repleto de referências à sua infância e à sua mãe. São onze canções de instrumentação esparsa (a base dos arranjos são sua voz e seu violão) com uma atmosfera intimista e emocional, mas sem ser derramada.

Abaixo, na ambient music “Fourth of July” os synths criam uma atmosfera onírica, sublinhada pela interpretação carregada de ar e pelos vocais dobrados de Sufjan:

E também “Carrie & Lowell”, com um belo arranjo de violões, e que vai crescendo em elementos eletrônicos muito, muito sutis à medida em que a música avança:

Lenine – À Meia Noite Dos Tambores Silenciosos

Em abril o cantor e compositor Lenine lançou seu mais recente album, “Carbono”, produzido por ele, pelo guitarrista JR Tostoi e por Bruno Giorgi (filho de Lenine). Para mim, uma das faixas que mais se destacou, tanto pela beleza quanto pela sonoridade, é “À Meia Noite Dos Tambores Silenciosos”, parceria com o letrista Carlos Rennó. Nela, Lenine convidou a Orquestra Rumpilezz do maestro baiano Letieres Leite para acompanhá-lo. A faixa foi gravada no Teatro Castro Alves em Salvador.

Abaixo, Lenine explica a origem e inspiração da canção, que é a Noite dos Tambores Silenciosos, cerimônia que acontece na 2ª feira do carnaval de Recife quando dezenas de grupos de maracatu se encontram para tocarem juntos:

The Chemical Brothers – Go

Em julho a dupla britânica The Chemical Brothers lançará novo album, após cinco anos sumidos dos estúdios: será “Born In The Echoes” (Virgin EMI) e já tem seu primeiro single, “Go”, que nasce em clipe pelas mãos do diretor Michel Gondry – não, você não verá traquitanas e cenários que se dobram uns sobre os outros. “Go” é quase minimalista, com uma batida ansiosa, baixo pulsante e repetitivo, linhas de synth surgindo no refrão e vocais de rap de Q-Tip. Vai:

U2 tocando de surpresa no metrô de NY

O apresentador de TV Jimmy Fallon (The Tonight Show) armou uma surpresinha para uns poucos sortudos que trafegavam pela estação 42nd Street/Grand Central do metrô novaiorquino: chamou os irlandeses do U2 para se passarem por músicos de rua, com direito a baldes de plástico no lugar da bateria. Começaram fazendo uma versão levemente desafinada e frouxa de I Still Haven’t Found What I’m Looking For, ainda disfarçados. E de repente…

Ariana Savalas e Post Modern Jukebox – Bad Romance

“Bad Romance” de Lady Gaga em versão hot jazz, com direito a sapateado de Sarah Reich e trumpetes abusando da surdina (“tampão” muito usado para dar expressão aos instrumentos de sopro no jazz das primeiras décadas do século passado). Quem canta é Ariana Savalas, vozeirão grave de contralto. E essa versão faz parte do projeto Post Modern Jukebox, do pianista Scott Bradlee, no qual recria hits pop contemporâneos na linguagem do jazz.

Nike Ripple: um piano e nada mais

Comercial para Nike dirigido por Steve Rogers pela produtora Biscuit Filmworks para Wieden & Kennedy. Repare n trilha emocional, conduzida apenas por um piano. Sem orquestras nem instrumentos adicionais. O tema, minimalista e cinemático, vai crescendo à medida em que o filme progride. Simples e bem executado.

http://www.youtube.com/watch?v=CdhWhgA8Y0A